Seis caminhões lotados, com um total de 3.000 quilos de materiais que serviam como criadouros para as larvas do mosquito Aedes aegypti, transmissor dos vírus da dengue, zika e chikungunya, foram removidos dos imóveis da Região do Matão, em Sumaré, no último sábado, dia 12 de dezembro. Este é o balanço final do trabalho dos 260 voluntários que atenderam ao chamado da prefeita Cristina Carrara e percorrem as ruas da região prestando orientações e ajudando os moradores a eliminarem qualquer coisa que pudesse acumular água limpa e parada em seus quintais.
O mutirão foi considerado um sucesso pelos organizadores, com milhares de imóveis visitados (o balanço final ainda está sendo fechado pela equipe de Controle de Endemias). Não foram registrados incidentes e a esmagadora maioria dos moradores atendeu a equipe e aceitou a visita dos voluntários. Portanto, novas edições devem ocorrer em breve, em outras regiões da cidade, e serão previamente divulgadas pela Prefeitura.
Segundo a equipe de apoio da Secretaria Municipal de Serviços Públicos da Prefeitura, entre os materiais recolhidos destacam-se latas, garrafas pet, bases de vasos e pneus. O material foi separado e, conforme sua natureza, encaminhado para reciclagem ou aterro sanitário controlado, de modo que nunca mais volte a servir como “berçário” para o Aedes aegypti.
A própria prefeita Cristina acompanhou o trabalho de campo dos voluntários. Em uma residência, ela encontrou larvas do mosquito numa tampa de lata de tinta. “É isto que a gente sempre fala: são inúmeras possibilidades para os criadouros. As pessoas precisam olhar os seus quintais, olhar tudo que têm em casa, semanalmente, para ver se tem larvas – e aqui nós encontramos. Agora, vamos eliminar essas larvas e orientar a pessoa, para evitar que isso aconteça novamente”, afirmou a prefeita em vídeo gravado durante o mutirão e publicado nas redes sociais.
MOTIVAÇÃO
A concentração dos voluntários aconteceu bem cedo, na Escola Municipal Jardim Lucia, na Avenida Emilio Bosco. Em seu discurso de motivação, a chefe do Executivo destacou “a importância da presença de cada voluntário no nosso ‘exército’ contra o Aedes”.
“Vocês estão aqui voluntariamente, como cidadãos, atendendo a um chamamento do governo municipal, que convidou quem pudesse para ajudar neste momento a prestar informações à população sobre as doenças e sobre o combate ao mosquito. É essencial a gente mostrar a importância de cada morador também fazer a sua parte dentro de casa, dedicando 10 minutos do seu tempo, toda semana, a procurar e eliminar de dentro de casa e dos quintais qualquer coisa que possa acumular água limpa e parada, onde o mosquito se prolifera”, salientou Cristina.
TRABALHO COTIDIANO
A Prefeitura de Sumaré produz e distribui materiais informativos sobre o combate ao mosquito em toda a cidade, através da campanha “10 minutos contra o Aedes”, e pede sempre a colaboração de todos nessa guerra contra o mosquito – afinal, historicamente, mais de 80% dos criadouros estão dentro dos imóveis, e toda fêmea adulta do Aedes procura o interior das habitações humanas para se abrigar.
Por isso, além do mutirão de voluntários, continua durante a semana, em toda a cidade, o trabalho de combate ao mosquito realizado de forma ininterrupta pelos 40 Agentes de Endemias e pelos 103 Agentes de Saúde da Prefeitura de Sumaré, que muitas vezes contam também com o apoio de equipes da Sucen (Superintendência de Controle de Endemias, órgão do Governo do Estado de São Paulo).
Balanço de ações da equipe anti-mosquito da dengue/zika/chikungunya da Prefeitura mostra que, de janeiro até a semana passada, as equipes de campo realizaram 18.879 visitas casa a casa, nas quais é feito o bloqueio (eliminação) de criadouros do mosquito.