Anunciada a remoção de familias das áreas de risco do Santo Antônio e Manchester

Em duas reuniões realizadas nesta segunda-feira, dia 24 de março, a Prefeitura de Sumaré anunciou que vai remover grande parte das famílias que vivem em ocupações irregulares situadas nas áreas verdes públicas dos bairros Parque Santo Antônio e Jardim Manchester. Tratam-se de habitações precárias em locais que, historicamente, registram casos de alagamentos e enchentes quando chove forte.

Após avaliação da Caixa Econômica Federal, as famílias a serem reassentadas pela Prefeitura poderão ser encaminhadas para condomínios do Programa de Habitação já em fase final de construção na Região do Matão.

O número total de pessoas que serão beneficiadas ainda está sendo definido e será divulgado em breve. A equipe da Secretaria Municipal de Habitação deve finalizar em breve os levantamentos que vão definir quais famílias poderão ser reassentadas.

A prefeita Cristina Carrara fez questão de anunciar pessoalmente a decisão às famílias, que farão parte da chamada “demanda indicada” pelo Município para unidades do Programa “Minha Casa, Minha Vida”. A chefe do Executivo estava acompanhada pela secretária de Habitação, Geralda Magalhães, e pelos vereadores João Maioral e Fabinho.

A primeira reunião da segunda-feira foi feita com moradores do Santo Antônio, que fica na Área Cura. Neste local, há mais de 150 moradias precárias em área pública, mas a indicação poderá ser parcial, priorizando-se as famílias em áreas de maior risco.

“Recentemente, tivemos fortes chuvas e algumas casas foram alagadas. É importante nos reunirmos com vocês, moradores destas ocupações, e informar a todos de uma vez o trabalho que vem sendo realizado para beneficiá-los, evitando informações desencontradas, fazendo tudo de forma transparente. E, depois da mudança de vocês, vamos revitalizar a área para evitar novas construções nestes locais mais críticos”, disse Cristina aos moradores.

João Gonçalves, morador da ocupação no Santo Antônio “há muitos anos”, mostrou-se contente com a notícia. “Eu fiquei feliz, queria saber se vou mudar logo. A vida da gente vai mudar, né? Espero que seja melhor lá (no novo condomínio)”, disse.

MACHESTER

No segundo encontro da segunda-feira, a Prefeitura de Sumaré também anunciou a intenção de remover a maior parte das cerca de 66 famílias da ocupação de área pública no Jardim Manchester, na Região do Maria Antônia, para apartamentos em construção no Matão.

A exemplo do que ocorre com o Santo Antônio, a Secretaria de Habitação ainda está definindo, junto à Caixa, exatamente quantas destas famílias poderão ser contempladas, segundo os critérios do programa federal.

“O histórico (desta área de ocupação) do Manchester é de alagamentos. Por isso vamos incluí-los na ‘demanda indicada’, para que vocês sejam removidos para apartamentos. A Secretaria de Habitação vai convocar todos para ver se vocês preenchem os requisitos do Programa de Habitação”, disse a prefeita Cristina Carrara, ao lado dos vereadores Fininho e Edimundo Flor de Lima.

A secretária de Habitação, Geralda Magalhães, lembrou que todos os moradores do Manchester envolvidos neste debate foram convocados ao final da reunião e serão atendidos individualmente, com dia e horário marcado. A ideia é que as famílias já comecem a apresentar os documentos que serão avaliados pela pasta e, posteriormente, pela Caixa Econômica Federal.

“Eles disseram que vamos mudar antes do Natal e espero que seja verdade, porque a gente fica preocupada com a chuva”, disse dona Joana, moradora da ocupação do Jardim Manchester.

UNIDADES

O Programa de Habitação da Prefeitura de Sumaré, viabilizado em parceria com o PMCMV e com o “Casa Paulista”, está construindo e entregando 5.636 unidades habitacionais, sendo 50% destinadas para a “demanda indicada” pela própria Prefeitura, formada por famílias oriundas de ocupações irregulares de áreas públicas, e 50% para a “demanda aberta” ou “de sorteio”, para famílias que se inscreveram voluntariamente no programa e foram sorteadas em agosto de 2014.

Em ambos os casos, no entanto, os beneficiados devem obrigatoriamente atender aos critérios federais da “Faixa 1” (os principais são apresentar renda máxima familiar de até R$ 1,6 mil reais por mês e não possuir imóvel próprio) quanto aqueles estabelecidos pelo Município, através do Conselho Municipal de Habitação (o principal é morar na cidade há 5 anos ou mais).

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