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Assentamentos de Sumaré e a agricultura familiar: geração de trabalho e renda e turismo rural!

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Os três assentamentos de Sumaré e a agricultura familiar: uma combinação que ao longo dos anos tem gerado trabalho e renda, além de importante fomento na economia da cidade através do turismo rural. A tradicional Festa da Mandioca que acontece anualmente, por exemplo, atrai milhares de visitantes de várias cidades da região e do Estado. Um conjunto de fatores – da estrutura rústica com capacidade para atender a um grande número de convidados e a receptividade ao cardápio – encanta. Além disso, os locais também oferecem trilha para passeio – saindo do Assentamento até o Horto Florestal. A agricultura é usada como experiência de irrigação de universidades e outros centros de pesquisa, e a produção orgânica, agroecologia e Sistema de Agrofloresta são certificados.

“Os assentamentos fazem parte do turismo rural do nosso município, que inclusive já receberam estudantes de outros países, além de pesquisadores, que vieram visitar esse exemplo de reforma agrária que deu certo, e oferecem a belíssima Festa da Mandioca com pratos derivados da mandioca – que é uma das culturas praticadas pelos produtores – evento tradicional e que nos orgulha pela grandiosidade”, disse o prefeito Luiz Dalben.

Ano passado, por exemplo, a Festa da Mandioca entrou em sua 22ª edição (esse ano, por conta da pandemia do coronavírus não pode ser realizada). O evento promovido pela Associação de Moradores João Calixto da Silva, com o apoio da Prefeitura de Sumaré, repetiu o sucesso dos anos anteriores. Mais de 15 mil pessoas passaram pelo recinto nos três dias de festança. Foram utilizadas três toneladas de mandioca, além de consumidos cento e vinte quilos de torresmo, mil cachorros-quente, trezentos frangos assados e etc.

A festa é realizada sempre no mês de junho e atrai famílias inteiras, proporcionando um cardápio com as delícias derivadas da mandioca, entre elas, os famosos ‘caldo de mandioca’ e ‘vaca atolada’, mandioca frita, tapioca, bolo de mandioca, pudim de mandioca, além de outras guloseimas (pastel, cachorro quente, lanche de pernil, milho verde, frango assado, maça do amor, moranguinho com chocolate e bebidas), e atrações (moda de viola, bailão, bingo, pesca).

A implantação dos Assentamentos fortaleceu a agricultura familiar em Sumaré, gerando trabalho e renda no campo, com a agropecuária. O sucesso no processo de produção e no cultivo dos alimentos contribui para a subsistência das próprias famílias, no consumo diário, e permite a venda do excedente. De olho numa logística para favorecer os produtores e dar vazão à colheita conta com uma cooperativa que participa de vários projetos, fornecendo alimentos para a Merenda Escolar de escolas de Sumaré e de outros municípios da região.

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Além da agricultura, o artesanato também é um dos pontos fortes nos três Assentamentos, especialmente o da Fibra da Bananeira. Ou seja, a partir do reaproveitamento de resíduos vegetais são confeccionadas lindas peças de artesanato. Há mais de 10 anos as mulheres utilizam essa técnica na produção de artigos diversos e de qualidade: bolsas, pufs, almofadas, chapéus, cestos, guirlandas, caixas decoradas e vários artigos exclusivos. Os trabalhos podem ser conferidos na Feira de Artesanato, que acontece mensalmente na Praça Manoel de Vasconcellos, região central de Sumaré.

PRODUÇÃO ORGÂNICA

O Assentamento I (localizado naEstrada Taquara Branca, km 1,5, no Horto Florestal) foi o primeiro a ser implantado no Brasil. Começou com 45 famílias e é referência. Por ter sido o pioneiro é o que mais recebe visitas anualmente, incluindo escolas públicas e privadas de várias localidades, até de outros países, sendo de grande importância no fortalecimento do turismo pedagógico e rural. Os Assentamentos II e III contam com produção orgânica, agroecologia e Sistema de Agrofloresta certificados pela SPG (Sistema Participativo de Garantia) e ANC (Associação de Agricultura Natural de Campinas e Região).

O Assentamento II surgiu em maio de 1985, com a ocupação do Horto da Boa Vista. Em 1988 as famílias foram transferidas para o Horto Florestal de Sumaré (Estrada Municipal Teodor Condiev, Km 2,5) e assentadas de forma definitiva. A comunidade produz uma diversidade de alimentos como goiaba, mandioca, banana, legumes e hortaliças e pequenos animais como galinha caipiras e porcos, que somada às várias atividades desenvolvidas e a forte participação dos jovens no turismo rural, garante melhores condições de vida.

O Assentamento II tem 75 famílias, incluindo titulares e agregados (parentes), totalizando aproximadamente 290 pessoas que se dedicam à agricultura familiar. Sempre no mês de aniversário os moradores realizam a tradicional Festa do Assentamento II e do Padroeiro da Comunidade Divino Espírito Santo, com foco na difusão da culinária e da cultura local.

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Já o Assentamento III (Estrada Teodor Cundiev, Km 1, Horto Florestal) foi criado no ano de 2000 por um processo de seleção pública das famílias. Conta com a Associação de Moradores do Assentamento III (AMAS III), Comunidade Religiosa e Educação para Jovens e Adultos. Sua produção de frutas é diversificada: goiaba, abacaxi, banana, morango, figo, laranja, e etc.

O grupo de mulheres faz compotas de doces (figo, goiaba, banana, morango, laranja, mamão) e geléia de abacaxi com pimenta – disponíveis o ano todo conforme as frutas da época, além da confecção de biojóias (colares, pulseiras, brincos feitos com sementes e materiais artesanais), sabonete de ervas e embalagens rústicas decoradas com papel de café.

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