Sumaré chega a 227 casos e tem 1ª morte e toma ações

Em constante vigilância contra o mosquito transmissor do vírus da dengue, o Aedes aegypti, a Prefeitura de Sumaré tem realizado constantes ações antidengue nas diversas regiões da cidade. Entre os dias 20 e 23 de fevereiro, por exemplo, o Jardim João Paulo 2º, bairro da Região Central, recebeu as equipes de Centro de Controle de Dengue para a realização de busca ativa de moradores com suspeita da doença, bloqueio e controle de criadouros com a aplicação de larvicida.

Em casos de residências particulares com necessidade de remoção de recipientes/criadouros, os moradores receberam as devidas orientações para o armazenamento adequado ou correta eliminação. Foram 49 quadras trabalhadas, com cerca de 2.100 imóveis, e um grupo de mais de 20 servidores municipais envolvidos. A força-tarefa também contou com o apoio do PACS (Programa de Agentes Comunitários de Saúde) Vasconcellos.

ASSENTAMENTO 2

Ainda dentro da força-tarefa antidengue, no dia 12 de fevereiro foi realizada uma palestra com um grupo de 15 moradores do Assentamento 2, visando detalhar as formas de prevenção e eliminação de possíveis criadouros da larva do mosquito transmissor do vírus da dengue.

No dia 6, os agentes do Centro de Controle de Dengue realizaram uma ação para identificação dos criadouros mais comuns do bairro, sendo que foram identificados dois tipos: caixas d’água sem a devida vedação e tambores inadequados para armazenamento de água.

“Os moradores receberam todas as informações necessárias para se tornarem agentes de combate à dengue em suas casas e também na comunidade. Além disso, agora eles podem repassar estas informações aos moradores que não estavam presentes e assim combaterem esta doença que tem atingido de forma tão ruim nossa cidade”, comentou o coordenador do Centro de Controle de Dengue, Luciano Antunes.

“Alguns moradores ainda tinham a ideia de que a resolução do ‘problema dengue’ ocorre com a aplicação de inseticida através de nebulização, portanto, esta questão foi bastante discutida, enfatizando a importância da conscientização dos moradores e a correta e periódica vistoria dos seus imóveis, eliminando criadouros, pois, sem as fases imaturas, não há mosquito adulto. A nebulização faz parte de um processo de ações de controle e combate ao vetor, porém, sozinha, não é capaz de controlar a população de mosquitos”, completou o profissional.

A nebulização é ação final do ciclo de trabalho preconizado pelas Normas e Orientações Técnicas para Vigilância e Controle do Aedes aegypti do Estado de São Paulo.

ÁREA CURA E MARIA ANTONIA

Nas primeiras semanas de fevereiro, as ações de busca ativa de pacientes sintomáticos e controle de criadouros atingiram o Jardim Bom Retiro, Parque Industrial Bandeirantes, Residencial Bandeirantes 1, 2 e 3, na Região da Área Cura. Foram 840 imóveis visitados. A atividade contou com apoio de agentes de Saúde do PSF (Posto de Saúde da Família) Bandeirantes.

A Região do Maria Antonia também tem recebido constantes ações antidengue. Os bairros Maria Antonia, Jardim dos Ipês, Conjunto Habitacional Angelo Tomazin, Cidade Nova e Parque das Indústrias foram alvo da força-tarefa entre os dias 26 e 30 de janeiro. Neste caso, a Sucen (Superintendência de Controle de Endemias) deu apoio para a realização da nebulização química. Também estiveram envolvidos agentes comunitários de saúde do PSF (Posto de Saúde da Família) Maria Antonia.

CASOS E TIPO VIRUS

A cidade registra 227 casos confirmados de dengue até o momento neste ano. Assim como no ano passado, a previsão dos órgãos de Vigilância é que a doença atinja de 1% a 2% da população da cidade – número que só vai cair dependendo da adesão da própria população no combate ao mosquito transmissor da doença.

Foi registrado um óbito por dengue grave no ano. Trata-se de uma mulher, moradora do Jardim do Maria Antonia, situado na região com maior índice de transmissão com 61 casos confirmados. O óbito ocorreu no início de fevereiro, mas só agora a Vigilância recebeu a confirmação do exame de sorologia.

A Secretaria Municipal de Saúde implantou 12 Unidades Sentinelas para a identificação viral dos casos de dengue, que é feita por amostragem. Até o momento, foram isolado quatro amostras, todas com identificação do DENV-1, o mesmo vírus que circulou no município no ano de 2014.

PARCERIA

A Secretaria Municipal de Saúde reforça o apelo para que toda a população contribua com o combate ao mosquito, através da eliminação de possíveis criadouros da larva do vetor nos quintais e residências. Podem se tornar potenciais “berços” para reprodução do mosquito toda e qualquer objeto que possa acumular água limpa e parada.

A conscientização de cada família para que se mantenha alerta constante dentro de casa é essencial para o sucesso no combate ao mosquito, pois estudos de avaliação de densidade larvária realizados no município apontam que a maior parte dos criadouros e larvas do mosquito encontram-se dentro ou no entorno dos domicílios, cabendo a todo cidadão investir nos cuidados e limpeza dos imóveis para deixar os ambientes livres desse perigo.

Os moradores também podem ajudar na fiscalização da presença de possíveis focos de criadouros por meio do “Disk-Dengue”, no telefone (19) 3883-6014.

DICAS

Faça a sua parte. Dedique 10 minutos do seu tempo para eliminar os criadouros do seu imóvel. Veja o que você pode fazer na sua casa, empresa, terreno ou comércio:

• Elimine vasos e pratos de vasos com água

• Cuide para não acumular água em bromélias e outras plantas

• Dê a destinação correta para entulhos e materiais recicláveis

• Mande para a reciclagem vasilhames, panelas velhas, latas, caixas de leite, garrafas de todos os tipos, sacolas plásticas, vidros de remédios e etc

• Devolva os pneus velhos na borracharia ou mantenha-os secos e em local fechado e coberto

• Mantenha os reservatórios de água (caixas d’água, galões, tambores e baldes) tampados ou cobertos por uma tela mosquiteira

• Feche vasos sanitários sem uso

• Tampe todos os ralos do seu imóvel

• Lave o interior dos potes de água de animais domésticos todos os dias

• Limpe as calhas desniveladas ou entupidas, inclusive as calhas dos boxes de banheiro

• Limpe e seque os reservatórios dos motores de geladeiras antigas e dos aparelhos de ar-condicionado

• Trate regularmente a água das piscinas

• Estique as lonas ou coberturas móveis para que não formem poças de água

• Antes de guardar qualquer recipiente que estava com água acumulada, lave-o bem e só o armazene em local seco e coberto, pois os ovos do mosquito sobrevivem por até 1 ano mesmo sem água

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