Sumaré divulga balanço sobre a concessão dos Serviços de Água e Esgoto

Em 21 de junho de 2015, após um longo e transparente processo de debates com a sociedade civil (foram quase 40 reuniões e uma audiência pública prévia) e de concorrência pública (cujo edital contou, inclusive, com a anuência prévia de órgãos como o Tribunal de Contas e o Tribunal de Justiça), foi assinado o contrato de concessão por 30 anos, através de outorga onerosa, dos Serviços Municipais de Água e Esgoto de Sumaré.

 

Antes prestados pelo altamente deficitário DAE (Departamento de Água e Esgoto), os serviços estão agora sob gestão da Odebrecht Ambiental Sumaré Ltda, empresa que ofereceu o maior lance dentre as concorrentes, atendeu a todas as exigências técnicas e legais e venceu o processo. Mais do que isso, a concessão garantiu um cronograma de investimentos da ordem de R$ 314 milhões neste setor, um dos mais problemáticos e carentes da cidade até então.

 

Balanço apresentado semana passada pela concessionária já aponta diversas melhorias no sistema ao longo deste primeiro ano de concessão, incluindo o fim dos problemas de falta de água crônica em alguns bairros mais altos e de “fim de rede”, a duplicação do índice de tratamento de esgoto, uma queda expressiva nos índices de perdas de água tratada e o fim da “compra” de água da Sabesp – ou seja, agora Sumaré capta e trata 100% da água que consome, sendo autossuficiente neste quesito.

 

Como em todo relacionamento recente, o primeiro ano de parceria com a iniciativa privada na prestação de serviços tão fundamentais para a população também trouxe alguns desafios à Prefeitura de Sumaré – que por diversas vezes notificou ou solicitou explicações à direção da empresa.

 

Ainda assim, segundo a prefeita Cristina Carrara, “os ganhos para os sistemas de Água e Esgoto da cidade, e, portanto, para a população e para as empresas sumareenses, já superam em muito o que o extinto DAE poderia ter feito no período”.

 

“Entre os principais ganhos, destaco primeiro termos a garantia de um cronograma real de investimentos nas áreas de Água e Esgoto, coisa que Sumaré nunca teve. E esse investimento já teve início, já reflete no aumento da capacidade de captação e de tratamento (neste caso, através da modernização das duas ETAs – Estações de Tratamento de Água), e na normalização do abastecimento em bairros que não recebiam água todos os dias, principalmente durante o verão. Ouvimos muitos depoimentos de moradores destes bairros, atestando que esse antigo problema crônico acabou na cidade. A falta d´água hoje na cidade é rara e só acontece por causa de alguma manutenção programada”, afirmou a chefe do Executivo, que tomou a “corajosa decisão pela concessão” no início de 2014, quando foram iniciados os estudos que culminaram na publicação do edital de concessão, meses depois.

 

Segundo a prefeita, graças à parceria, Sumaré tem hoje maior agilidade na realização de consertos como uma bomba queimada, uma adutora rompida ou um vazamento nas redes, por exemplo. “Temos uma maior capacidade de fazer frente aos desafios nestes dois setores, que são diários”, lembrou.

 

DESENVOLVIMENTO

 

Mas o aspecto mais importante da concessão a longo prazo, segundo Cristina, é garantir o desenvolvimento sustentável da cidade nas próximas décadas, graças à garantia dos investimentos necessários para oferecer água e esgoto tratados tanto para a população e para as empresas já instaladas quanto para as novas empresas interessadas na posição geográfica e nas condições logísticas privilegiadas de Sumaré.

 

“Hoje Sumaré pode garantir que, em curtíssimo espaço de tempo, estaremos preparados para receber novos investimentos privados, para atrair novas empresas sem ter o impedimento de não oferecer abastecimento de água e o tratamento do esgoto destes novos empreendimentos. Fizemos esta concessão pensando no futuro da nossa cidade, na atração de empresas, na geração de empregos. E o Saneamento, do jeito que estava, sem capacidade de investimentos por parte do DAE, comprometia seriamente o futuro desta cidade”, destacou a prefeita.

 

“Viramos esta página e hoje Sumaré já consegue dar mostras de melhorias logo no primeiro ano. Ao passar dos anos, vamos ver uma transformação muito grande. E o mais importante: em 2022 teremos 100% do esgoto doméstico urbano tratado, algo que nem em 10, 20 ou 30 anos o DAE teria condições de fazer, pois estava sem recursos e era deficitário, endividado e sucateado. Considero a concessão uma decisão corajosa, transparente, apoiada pela sociedade civil (foram 38 reuniões na cidade) e chancelada pelo Tribunal de Contas do Estado. Um importante passo para garantir o desenvolvimento sustentável do nosso município por muitas décadas”, finalizou a prefeita de Sumaré.

 

BALANÇO DE INVESTIMENTOS

* Informações fornecidas pela concessionária e disponíveis em www.odebrechtambiental.com/sumare/

Segundo balanço da concessionária Odebrecht Ambiental Sumaré, as redes de Água e Esgoto de Sumaré já receberam, neste primeiro ano do contrato, investimentos da ordem de R$ 13 milhões. Hoje, já são tratados 200 milhões de litros de esgoto por mês e o índice de tratamento saltou de 14%, quando a Odebrecht Ambiental Sumaré assumiu os serviços, para 26%.

Neste período, concessionária também consertou 6 mil vazamentos na rede de distribuição de água tratada e, “para enfrentar o problema de falta de água, que era crônico em muitas regiões da cidade“, construiu 6,5 km de adutoras para atender as regiões de Área Cura, Nova Veneza e Matão.

As duas Estações de Tratamento de Água (Central e do Parque Itália) passaram por melhorias. Além disso, mais cinco estações de bombeamento de água foram colocadas em operação nos bairros CDHU, Santa Maria, Recanto dos Sonhos, Aclimação e Estrela D’Alva, garantindo a regularidade do abastecimento com pressão adequada para estas regiões.

Também foram instalados válvulas e registros em bairros das regiões de Área Cura, Matão e Centro. Na região das chácaras, um novo poço foi perfurado não sendo mais necessário o abastecimento via caminhões pipa.

Agora em junho, também foi criado um “anel de abastecimento” que vai melhorar a distribuição de água na cidade, além de permitir o desenvolvimento do município.

PERDAS

Em junho de 2015, o índice de perdas de água – por problemas de vazamentos, medição, entre outros – era de 60%. Hoje, este índice já caiu pra 52%, e a expectativa é chegar a 45% ao final deste ano. Esses 7% de redução previstos são suficientes para abastecer o município de Sumaré por um mês inteiro.

Entre as principais ações para reduzir as perdas de água estão:

• A separação e macromedição do sistema de distribuição de água. Com o sistema setorizado e medido é possível atuar em pequenas áreas sem comprometer a cidade inteira.

• A substituição de hidrômetros antigos por novos, sem custo para a população.

• A troca de redes deterioradas.

Cerca de 985 milhões de litros de água deixaram de ser perdidos por mês. Ou seja, o município passou a economizar o equivalente a aproximadamente 400 piscinas olímpicas em recursos hídricos por mês.

PLANOS

Entre as principais ações previstas para o 2º ano de concessão está o início da construção da ETE (Estação de Tratamento de Esgoto) Tijuco Preto, na Região do Matão – a primeira estação de grande porte da cidade. A previsão é que o índice de tratamento de esgoto na cidade chegue a 65% com a sua finalização que deve ocorrer em dezembro de 2018 e a 100% até 2022.

Além disso, também serão realizadas ampliações dos sistemas de captação de água, das redes de distribuição de água e de coleta de esgoto.