Sumaré obtém ‘reforço’ do Exército na ‘guerra’ contra a dengue
O Exército Brasileiro vai “reforçar” as equipes antidengue da Prefeitura no combate ao mosquito transmissor do vírus da doença. O pedido formal havia sido feito pela chefe do Executivo em 7 de abril, via ofício assinado pela própria prefeita ao comando da corporação na região. Os detalhes da parceria serão definidos ao longo da próxima semana, e os militares devem começar a atuar na cidade já a partir do próximo dia 28 de abril, permanecendo ao menos até o final de maio.
“Recentemente pedimos o apoio do Exército e hoje tivemos a sinalização de que vamos fazer essa parceria. Vai ser extremamente importante para somar esforços no combate à dengue para que a gente possa eliminar os criadouros e conscientizar as pessoas. É um apoio que vem num momento extremamente importante agora em maio, aonde a incidência ainda é alta. Agradecemos a sensibilidade do Exército nesse apoio”, disse a prefeita, Cristina Carrara.
O acordo foi confirmado nesta sexta-feira pelo comandante da 11ª Brigada de Infantaria Leve, general de brigada Ricardo Rodrigues Canhaci. Cristina, a secretária municipal de Saúde, Fauzia Raiza, e a gerente de Saúde Coletiva, Adriana Medeiros, foram recebidas na sede da Brigada, em Campinas, pelos tenentes coronéis Flávio Henrique Mattos Moreira e Alexandre Mello Ferreira, que transmitiram a decisão do comandante da Brigada.
Segundo os oficiais, uma equipe de 14 a 16 soldados já treinados para operações de apoio ao Poder Público atuará em Sumaré, nos bairros prioritários indicados pela equipe técnica da Prefeitura, três vezes por semana, sempre no período da tarde.
A princípio, os militares poderão auxiliar a equipe municipal, formada por Agentes de Endemias e Agentes Comunitários de Saúde, de duas formas: realizando a instalação de telas em caixas d’água elevadas ou no chamado “trabalho casa a casa”, que visa a identificação e eliminação, do interior dos quintas das residências, de todo tipo de recipiente que possa acumular água limpa e parada – os chamados “criadouros” das larvas do Aedes aegypti. Os militares estarão sempre acompanhados por agentes municipais identificados.
“Pretendemos auxiliar o município de Sumaré de uma forma semelhante ao que temos feito em Campinas, com uma equipe em torno de 14 e 16 militares trabalhando junto com os agentes de saúde do município três vezes por semana, orientando as pessoas, verificando os locais de criadouros e eliminando, fazendo a telagem de caixas d’água, se for o caso, basicamente nestas vertentes”, explicou o tenente coronel Flávio Henrique Mattos Moreira.
“Procuramos trabalhar de uma maneira séria porque a gente sabe da importância do trabalho do Exército nesse caso de apoio ao combate à dengue numa situação que está crítica no momento. A gente tem essa capacidade de mobilização, mas é o interesse nosso também estar junto com a população, uma vez que nós, militares, também fazemos parte da população”, completou o tenente coronel Alexandre Mello Ferreira.
BATALHAS
Até lá, continua o trabalho da própria equipe da Prefeitura. Desde o início do ano, os agentes municipais já realizaram 20,9 mil visitas domiciliares, além de bloqueio com nebulização e palestras de orientações. A Prefeitura também reforçou a equipe de combate à dengue com mais 106 agentes comunitários de saúde, aumentando o efetivo em 304,3%.
O “Disk-Dengue” Municipal recebe cerca de 50 ligações diárias, entre denúncias e pedidos. Todas as ligações são avaliadas individualmente. Os Agentes de Controle de Endemias e os Agentes Comunitários de Saúde do Município verificam pessoalmente as denúncias indo até o local indicado e realizando orientação e notificação nos casos em que elas se confirmam. Já os pedidos de nebulização são avaliados pela equipe e, se constatada a necessidade e a viabilidade, incluídos no cronograma.
No começo do mês de abril começou a operar o “Polo de Atendimento à Dengue”, instalado no prédio do CIS (Centro Integrado de Saúde) Nova Veneza. O local funciona 24 horas por dia e é a referência municipal para casos suspeitos da doença. A Secretaria Municipal de Saúde também implantou 12 Unidades Sentinelas para a identificação viral dos casos de dengue, que é feita por amostragem. Até o momento, foram isoladas quatro amostras, todas com identificação do DENV-1, o mesmo vírus que circulou no município no ano de 2014.
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