Zoonoses de Sumaré toma ações
Visando combater o risco de transmissão de leptospirose e outras doenças, o Departamento de Saúde Coletiva da Secretaria Municipal de Saúde da Prefeitura de Sumaré, através da UVZ (Unidade de Vigilância de Zoonoses), deu inicio a uma série de ações de desratização em bairros considerados pontos críticos, com infestação comprovada de ratos ou que estão localizados próximo ao Ribeirão Quilombo. A desratização é feita por meio da aplicação de raticidas na forma de iscas parafinadas em poços de visitas (bueiros) das redes de esgoto.
A leptospirose é uma doença infecciosa curável transmitida ao homem através do contato com uma bactéria chamada Leptospira presente na urina de ratos e outros animais, principalmente em situações de enchentes e inundações. A desratização promovida pelo órgão público é realizada por meio da distribuição de iscas com raticidas em pontos estratégicos (normalmente em poços de visita), sem oferecer riscos aos cidadãos e outros animais.
AÇÕES
De 12 a 14 de maio, a equipe municipal realizou a primeira distribuição de iscas em pontos estratégicos, como forma de atrair os roedores, no Residencial Vila Flora. No dia 21, os agentes de Zoonoses voltaram ao local para a reposição das iscas, mas foi constatado que as mesmas estavam intactas, ou seja, não havia presença de ratos da espécie Rattus Novergicus nos bueiros.
No dia 15 de maio, foi a vez dos poços de visita do Jardim Paulistano receberem a ação estratégica e, no dia 27, foi realizada a reposição de iscas em todos os pontos. Também foram visitados pela equipe municipais de Zoonoses para receber a primeira remessa de iscas, o Jardim Cecap (18 de maio), Vila Valle e Vila Rebouças (dia 18) e Jardim Primavera (20). Estes bairros devem ser novamente visitados nos próximos dias para verificar a necessidade de reposição das iscas.
Na terça-feira da próxima semana, dia 9 de junho, o trabalho de desratização chega à Região do Picerno, iniciando pelo Jardim São Domingos.
A ação engloba somente o controle de roedores da espécie Rattus novergicus (ratos de bueiros). O controle não afeta animais da espécie Rattus rattus (telhado) e nem de Mus musculus (camundongos que permanecem dentro das residências e de exclusiva responsabilidade dos proprietários). Para estas duas espécies o atendimento é realizado a partir de denúncias, com orientações de medidas preventivas e corretivas.
PREVENÇÃO
Além do trabalho nas ruas, a equipe da Unidade de Vigilância de Zoonoses alerta sobre as medidas preventivas de contaminação. Entre elas, deve-se evitar o contato com água ou lama de enchentes ou outros ambientes que possam estar contaminados pela urina dos ratos. Pessoas que trabalham na limpeza de lamas, entulhos e desentupimento de esgoto devem usar botas e luvas de borracha (se isto não for possível, usar sacos plásticos duplos amarrados nas mãos e nos pés).
Durante a limpeza e desinfecção de locais onde houve inundação recente, deve-se também proteger pés e mãos do contato com a água ou lama contaminadas. A utilização de água sanitária (hipoclorito de sódio a 2,5%) destrói as leptospiras em locais e objetos que entraram em contato com água ou lama contaminada. A medida é um copo de água sanitária para cada balde de 20 litros de água.
Dentre as medidas de combate aos ratos, deve-se destacar o acondicionamento e destino adequado do lixo e o armazenamento apropriado de alimentos. A desinfecção de caixas d´água e sua completa vedação são medidas preventivas que devem ser tomadas periodicamente. As medidas de desratização consistem na eliminação direta dos roedores através do uso de raticidas, quando necessário, e devem ser realizadas por equipes técnicas devidamente capacitadas.
A pessoa que apresentar febre, dor de cabeça e dores no corpo, alguns dias depois de ter entrado em contato com as águas de enchente ou esgoto, deve procurar imediatamente a Unidade de Saúde mais próxima de sua residência. A leptospirose é uma doença curável, cujo diagnóstico e o tratamento precoces são fundamentais
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